segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Feira de Santana e as Lagoas em fotos

As lagoas de Feira de Santana
Ouvir críticas à configuração urbana de Feira de Santana não é muito difícil, principalmente no que diz respeito à preservação e falta de criação de áreas verdes, onde belezas naturais possam ser apreciadas. Além do caráter meramente paisagístico, a preservação dos recursos naturais tem consequências imediatas na qualidade do ar, na temperatura, no controle de enchentes e pragas e outros tantos fatores que interferem diretamente na qualidade de vida da população.
Por isso é fundamental conhecermos a realidade das lagoas existentes em Feira de Santana, boa parte delas extintas ou semi-extintas, vítimas do crescimento desordenado e da exploração imobiliária irresponsável. Neste artigo vamos conhecer um pouco mais das 6 principais lagoas feirenses: Lagoa da Pindoba, Lagoa da Tábua, Lagoa do Prato Raso, Lagoa Grande, Lagoa Salgada e Lagoa Subaé, após pesquisas da nossa equipe na literatura acadêmica e jornalística existente.
Antes de tudo vale saber que uma lagoa é um corpo de água de relativamente baixa profundidade, com pouco fluxo, mas geralmente sem água estagnada. Enquanto os rios têm as correntezas facilmente observadas, lagoas e lagos possuem micro correntezas conduzidas termicamente e correntes provocadas pelo vento. Veja no infográfico a seguir a localização das principais lagoas de Feira de Santana:
As lagoas de Feira de Santana

As lagoas de Feira de Santana

Preservação das lagoas de Feira de Santana

PRESERVAÇÃO E DEVASTAÇÃO

As lagoas feirenses são protegidas pelo Código Municipal do Meio Ambiente (Lei 1.612/92), que torna suas áreas de entorno como Áreas de Preservação dos Recursos Naturais. Veja algumas regras:
Art.41, I, § 2º. – Prevalece uma faixa de 100 (cem) metros no entorno das lagoas, previstas neste artigo, medida horizontalmente, a partir do seu nível mais alto, consideradas como Áreas Sujeitas à Regime Específicos – ASRE na Subcategoria de Áreas de Preservação dos Recursos Naturais – APRN, a qual poderá ser ampliada, até quando do delimitação de que trata o 1º. deste artigo: I – excetuam-se a Lagoa Grande e a Lagoa do Prato Raso, cuja faixa é de 50 (cinquenta) metros.
§ 3º. – Na faixa prevista no parágrafo anterior, fica vedado a edificação ou qualquer obra que possa provocar alteração do seu fácil topográfico, da beleza e do pitoresco das características naturais aí existentes, até que sejam elaborados os estudos específicos para as mesmas.
Art. 42 – Nas áreas que trata o artigo no. 41 desta Lei, onde não exista vegetação, deverá ser recomposta as áreas de preservação permanente previstas no Código Florestal com 80% (oitenta por cento) de espécies nativas e o restante poderá ser recomposta com espécies frutíferas ou exóticas bem aclimatadas à região.
(Em 2009, os limites para construção no entorno das lagoas Grande, Prato Raso, Tábua, Salgada e Pindoba passaram de 100 para 30 metros, após uma mudança na legislação).
Apesar do que diz a Lei em relação à preservação do entorno das lagoas, já em 1999 a situação era de desrespeito à norma, como mostram as imagens a seguir, com os limites da área de preservação em amarelo e o limite da lagoa em vermelho:
Preservação das lagoas de Feira de Santana
Já em 1999 o entorno das lagoas sofriam intervenções ilegais. Imagens: CONDER/Pesquisa de Lobão e Machado/2005.
Com o “boom” imobiliário que Feira de Santana viveu nos últimos anos, mais construções e aterramentos irregulares ocorreram, gerando significativo impacto ambiental nesses patrimônios naturais feirenses.
Diz a professora e geógrafa Jocimara Souza Britto Lobão:
“Estas lagoas estão sendo aterradas, servindo de escoamento de esgotos, depósito de lixo, dentre outras agressões ambientais. Para ampliar seu espaço, ou para amenizar a invasão de insetos e animais nocivos à saúde como ratos e baratas, muitas vezes a própria população do entorno dessas lagoas, deseja seu aterramento. Assim, o que antes foi um dos fortes atrativos para a ocupação desse espaço, hoje se constitui em áreas de conflito e pressão para a evolução urbana.”

LAGOA PINDOBA

Lagoa Pindoba
Lagoa Pindoba. Foto: Panoramio
O bairro Novo Horizonte, localizado após a UEFS (sentido BR-116 Norte) era formado por várias lagoas, e, durante sua ocupação, foram aterradas grande parte delas para a construção de casas, restando apenas a Lagoa da Pindoba. Além das residências, a construção da BR-116 Norte também colaborou com o soterramento da Lagoa.
Como nas outras lagoas feirenses, um dos motivos de degradação da Lagoa da Pindoba é a retirada de grandes quantidades de barro para a fabricação de tijolos e o lançamento de dejetos nas suas águas (algumas casas situadas à margem da Lagoa lançam seus esgotos diretamente no espelho d’água). Mesmo assim, há quem a utilize até mesmo para a pesca.

LAGOA TÁBUA

Typha domingensis
Typha domingensis, a “taboa”, que influenciou o nome da Lagoa Tábua.
Localizada também próximo à Universidade Estadual de Feira de Santana, nas proximidades do Conjunto Feira VI e do Bairro Campo Limpo, a Lagoa da Tábua possui esse nome devido ao fato de sua vegetação original possuir vários exemplares de Typha domingensis, conhecida como “taboa”.
É uma das maiores lagoas da cidade. No final da década de 80 e início dos anos 90, possuía várias espécies de peixes como fonte de extração de pesca e lazer de vários moradores da região. É uma das nascentes do Rio Pojuca, mas devido ao avanço do espaço urbano, hoje tem dificuldade em conseguir manter sua lâmina de água.

LAGOA DO PRATO RASO

Lagoa do Prato Raso
A Lagoa do Prato Raso foi por muito tempo utilizada como reserva de água doce para o consumo de animais e uso doméstico, como cozimento dos alimentos e para o lazer. Hoje a lagoa é bastante diferente do que foi no passado, devido às intervenções humanas, como construções residenciais e comerciais, aterramento e despejo de poluidores dos esgotos urbanos.
As primeiras ocupações na Lagoa do Prato Raso (ocorridas na década de 1940) surgiram a partir de um loteamento clandestino. Na década de 1970 e 1980, determinados órgãos agiram em Feira de Santana com o alvo de atender o grande contingente populacional, como a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Habitação – BNH. Estes órgãos foram responsáveis pela construção dos conjuntos Centenário (1972), Milton Gomes (1977) e José Falcão da Silva (1982), gerando um grande impacto para a Lagoa do Prato Raso.
Em 1986, foi construída a Avenida José Falcão da Silva, dividindo a lagoa em duas partes. Uma dessas partes (ou melhor, uma parte da parte, conhecida como lagoa do Geladinho), foi recentemente revitalizada pela Prefeitura Municipal, que construiu o Parque da Lagoa, com pista de cooper, estacionamento, quiosques e equipamentos para atividade física:

LAGOA GRANDE

Lagoa Grande
Lagoa Grande. Foto: Carlos Augusto Oliveira da Silva/SECOM-BA
A Lagoa Grande está situada no bairro da Rocinha, e possui este nome por ter sido uma das maiores lagoas situado no perímetro urbano nos anos cinquenta. Neste período histórico, a Lagoa da Tábua era considerada uma lagoa rural e Feira de Santana tinha a captação de água para consumo humano realizado na Lagoa Grande. Nesse período já se iniciavam as primeiras invasões no entorno da lagoa.
Após ter seu entorno ocupado por muitas residências, e também sofrer com os problemas vividos pelas demais lagoas feirenses, a Lagoa Grande está sendo revitalizada pelo Governo do Estado, que pretende instalar campo de futebol, quadra poliesportiva e parque infantil numa espécie de polo de lazer.
(Foi na Lagoa Grande que encontraram jacarés do papo-amarelo recentemente).
No vídeo a seguir, a planta do projeto:

LAGOA SUBAÉ

Ocupações residenciais na Lagoa Subaé
Ocupações residenciais no entorno da Lagoa Subaé. Foto: Erivaldo Vieira/UEFS
A lagoa do Subaé é mais uma das lagoas praticamente devastadas pelas intervenções urbanas. Ela foi aterrada em 1973 para construção da BR 324, e atualmente vem sofrendo com ações imobiliárias irregulares, como mostra o relato a seguir, do Jornal Grande Bahia:
“Os moradores relataram que com as chuvas de abril o nível da lagoa subiu, mas uma obstrução de concreto e pedra impede que a água da lagoa circule de forma livre. A obstrução da água ocasiona o aumento de insetos, contribuindo com a degradação da qualidade de vida dos moradores.”
Um fator extra atingiu e atinge a preservação da Lagoa Subaé: a expansão do Centro Industrial do Subaé (CIS), que também gerou aterramentos e poluição.

LAGOA SALGADA

A Lagoa Salgada, com uma área de extensão equivalente a 135 campos de futebol também é muito explorada para a extração de argila por olarias instaladas na margem da lagoa. Com a expansão imobiliária da cidade na região da Avenida Nóide Cerqueira, a Lagoa Salgada também tem sofrido com o aterramento para construção de condomínios residenciais.
Abaixo, um vídeo feito em 2011 com uma vista panorâmica da Lagoa Salgada:


No estágio de devastação em que se encontram, recuperar as lagoas feirenses passa por desocupar habitantes do entorno, limpar e despoluir as águas, realizar obras de saneamento básico nas moradias próximas, recuperar a vegetação das proximidades da lagoa etc. O investimento necessário nesse tipo de trabalho faz os gestores públicos recuarem, alegando falta de recursos.
A obra da Lagoa Grande, por exemplo, exigiu cerca de R$65 milhões de reais – quase o investimento necessário para o BRT de Feira, que é de R$87 milhões. É preciso que a preservação das riquezas naturais do município, já tão carente de patrimônios ambientais, seja uma prioridade, ou veremos morrer o que resta da “Santana dos Olhos D’Água”, o oásis para os viajantes que pretendiam ingressar no sertão brasileiro.

REFERÊNCIAS

Se você quer conhecer mais sobre as lagoas feirenses, confira os seguintes links:
Emil

COLÉGIO SANTANÓPOLIS-1969

Alunas do colégio Santanópolis em 1969, o colégio Santanópolis em feira de santana é comparado com o Caetano de Campos em São paulo, devido a sua história, há até um blog dedicado a história do colégio, depoimentos de alunos antigos e muitas fotos, vídeos e etc. Uma pena que o colégio bem como o prédio acabaram.



Feira de Santana,BA.
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Feira de Santana – CUCA: o Museu Regional de Arte (MRA)

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Fachada do Museu Regional de Arte (MRA) – inicialmente Museu Regional de Feira de Santana.
Fachada do Museu Regional de Arte (MRA) – inicialmente Museu Regional de Feira de Santana.
Complexo de edificações do Cuca abrigam o Museu Regional de Arte de Feira de Santana, a Galeria de Arte Carlo Barbosa, o Teatro do Cuca e as salas de aula.
Complexo de edificações do Cuca abrigam o Museu Regional de Arte de Feira de Santana, a Galeria de Arte Carlo Barbosa, o Teatro do Cuca e as salas de aula.
O Museu Regional de Arte (MRA) – inicialmente intitulado Museu Regional de Feira de Santana – é uma das instituições localizadas no complexo cultural do Centro Universitário de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (CUCA – UEFS).
O complexo cultural do Centro Universitário de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (CUCA – UEFS) compreende o conjunto de prédios localizados na Rua Conselheiro Franco, nº 66, Bairro Centro, Feira de Santana.
As edificações do Cuca abrigam o Museu Regional de Arte de Feira de Santana (MRA), a Galeria de Arte Carlo Barbosa, o Teatro do Cuca, o Seminário de Música, e as Oficinas de Criação Artística.
O Museu
O Museu Regional de Arte (MRA) foi instalado no histórico prédio do Grupo Escolar José Joaquim Seabra, edificação inaugurado em 12 de março de 1916. A partir de 1927, funcionou no mesmo local a Escola Normal. Depois, no final dos anos 1960, passou a abrigar a Faculdade de Educação de Feira de Santana, precursora da Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente, o prédio principal é a sede do Museu Regional de Arte (MRA).
Fundação do MRA
Primeira instituição museológica do município, o Museu Regional de Arte de Feira de Santana (MRA) foi fundado em 26 de março de 1967, pelo embaixador Assis Chateaubriand (1892-1968), magnata das comunicações no Brasil, que foi um dos principais responsáveis pela fundação, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Amante e incentivador das artes, Chateaubriand idealizou, duas décadas após a inauguração do MASP, a Campanha Nacional dos Museus Regionais, que tinha por objetivo dotar as diferentes regiões do país com expressivos acervos. A iniciativa pretendia possibilitar a descentralização dos museus das grandes metrópoles e viabilizar a interiorização da arte, o incentivo à descoberta de novos artistas e a criação de espaços de lazer e educação que favorecessem a apreciação de obras de arte.
Nessa época, intelectuais, artistas e políticos feirenses percebiam que a cidade crescia e se industrializava rapidamente, o que provocava, em uns, grande entusiasmo com a modernização da vida urbana; em outros, preocupação com a perda das características de cidade pacata, fortemente marcada pelo universo rural e por suas raízes históricas, que remontam ao comércio de gado e à feira-livre.
Tanto os adeptos da modernização quanto os defensores da cidade tradicional acreditavam, porém, que a criação de um museu ajudaria a assegurar e fortalecer a vida cultural do município. Assim, iniciaram-se os esforços junto aos poderes públicos municipal e estadual para a viabilização do projeto. Paralelo a isso, o odontólogo e professor Dival da Silva Pitombo, principal entusiasta da ideia do museu feirense, ao tomar conhecimento da iniciativa de Assis Chateaubriand, buscou, com sucesso, o apoio do empresário. Garantida a doação do acervo por parte de Assis Chateaubriand, e contando com o empenho do jornalista e escritor pernambucano Odorico Tavares (1912 – 1980), colaborador do empresário na campanha de formação dos museus regionais e diretor da rede Diários Associados da Bahia, parte do império midiático fundado por Chateaubriand, as atenções foram voltadas à estruturação do espaço.
Em resposta a essa mobilização, o Governo do Estado acionou a Fundação Museus Regionais da Bahia e, através desta, foi criada, em 20 de fevereiro de 1967, a Fundação Museu Regional de Feira de Santana (FMRFS) para administrar o futuro museu do município. Na diretoria, o jornalista João da Costa Falcão (1919 – 2011), como presidente; o poeta Eurico Alves Boaventura (1909 – 1974), como vice-presidente; o jurista e educador Fernando Pinto de Queiroz (1922 – 2010), na função de secretário; o jurista Jorge Bastos Leal, como tesoureiro; e o professor Dival da Silva Pitombo (1915 – 1989), no cargo de diretor executivo.
Pouco mais de um mês depois, em 26 de março de 1967, o Museu Regional de Feira de Santana abriu suas portas ao público. A solenidade de inauguração reuniu personalidades de destaque nos cenários nacional e internacional, dentre elas o empresário Assis Chateaubriand, o pintor carioca Di Cavalcanti (1897 – 1976) e o embaixador da Inglaterra no Brasil John Russell.
O início
Ao iniciar suas atividades, o Museu Regional de Feira de Santana atendia plenamente às expectativas dos grupos que o idealizaram. Para os defensores das tradições históricas da cidade, o museu havia reunido uma vasta coleção dedicada à cultura regional, constituída por artefatos característicos da chamada “cultura do couro”, que ilustrava o dia-a-dia do homem sertanejo e remetia às origens do povo de Feira de Santana.
No entanto, a designação de Museu Regional não pretendia refletir o perfil de uma instituição de arte exclusivamente da região, e sim de um museu voltado para o território de identidade no qual está inserido. Sendo assim, os adeptos da modernização também foram contemplados com uma singular coleção de artes plásticas, na qual figuravam renomados artistas modernistas brasileiros e estrangeiros.
Importante acervo
Por iniciativa de Chateaubriand, o Museu Regional tem hoje um dos mais importantes acervos do mundo, sobretudo por reunir o valioso conjunto de obras assinadas por Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro, precursores do Movimento Modernista Brasileiro, que participaram ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922; e a singular coleção de obras modernistas inglesas, única em toda a América Latina, adquirida por Assis Chateaubriand quando de sua estadia como embaixador do Brasil na Inglaterra (1957 -1960), e doadas por ele ao Governo do Estado da Bahia.
A Coleção Inglesa, como é conhecida, reúne 30 telas confeccionadas a óleo sobre diversos suportes, nas décadas de 1950 e 1960, por alguns dos mais consagrados artistas modernos ingleses, a exemplo de Antony Donaldson, Alan Davie, Bary Burman, Bryan Organ, Brett Whiteley David Leverret, David Oxtoby, Derek Hirst, Derek Snow, Howard Hodgkin, Graham Sutherland, Paul Wilks, Pauline Vincent, Joe Tilson, John Kiki e John Piper.
Também compõem o acervo permanente do Museu Regional a Coleção de Arte Naïf e a Coleção Nipo-Brasileira, que também têm grande importância nos cenários artísticos nacional e internacional; obras pertencentes a renomados artistas estrangeiros naturalizados brasileiros, como Manabu Mabe, Carybé, Hansen Bahia e Reinaldo Eckenberger; telas e esculturas de consagrados artistas baianos, a exemplo de Mario Cravo, Calasans Neto, Floriano Teixeira, Carlos Bastos, Jenner Augusto, Juarez Paraíso, Presciliano Silva, Riolan Coutinho, Justino Marinho, Genaro de Carvalho, Tatti Moreno, Sergio Rabinovitz e Sante Scaldaferri; e obras de artistas feirenses que alcançaram projeção nacional e internacional, como é o caso de Raimundo de Oliveira, Carlo Barbosa, Juraci Dórea, Graça Ramos, César Romero, Gil Mário e Antonio Brasileiro.
Segundo dos três museus criados com o apoio de Chateaubriand (o primeiro foi o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em dezembro de 1966; e o terceiro foi o Museu Regional de Campina Grande, atualmente chamado Museu de Artes Assis Chateaubriand, em agosto de 1967), o Museu Regional de Feira de Santana foi inicialmente instalado no antigo prédio da administração do Campo do Gado, localizado na Rua Geminiano Costa, onde atualmente funciona outra instituição museológica, o Museu de Arte Contemporânea (MAC). O imóvel foi doado pela Prefeitura Municipal na gestão do então prefeito Joselito Falcão de Amorim (1919 – ), que assumiu o cargo no dia 8 de maio de 1964, empossado pela Câmara Municipal, após a deposição do prefeito Francisco Pinto, pelo Regime Militar, permanecendo no posto até abril de 1967.
Nas décadas seguintes, a qualidade e a importância do patrimônio artístico do Museu Regional, no entanto, não lhe garantiram os recursos necessários, junto ao poder municipal, para assegurar o adequado desenvolvimento de suas atividades. Assim, a despeito dos esforços de seu diretor, passou a funcionar de modo cada vez mais precário, tendo sido arrombado e depredado em mais de uma ocasião. Tal situação provocou a reação da sociedade feirense, que passou a exigir melhores condições de funcionamento e conservação do acervo. Como resultado, a Prefeitura transferiu o Museu Regional para a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), em 1985.
Dez anos depois, com a inauguração do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), a UEFS resolveu realocar o acervo do Museu Regional, que passou a funcionar no imponente prédio de estilo eclético, datado de 1916, que, no passado, abrigou a Escola Normal de Feira de Santana. Nesse momento, o acervo original foi desmembrado, tendo a parte característica do Ciclo do Couro sido enviada ao Museu Casa do Sertão, também pertencente à UEFS. Com isso, o Museu Regional de Feira de Santana, que teve seu nome mudado para Museu Regional de Arte de Feira de Santana (MRA), passou a ser um espaço destinado exclusivamente às artes visuais.
Por sua vinculação com a UEFS, o MRA passou a privilegiar também o desenvolvimento de ações e atividades de Pesquisa e Extensão, que buscam preservar a memória e o patrimônio sociocultural representados pelo seu acervo, assim como pela relação estabelecida com o seu público e sua história, atuando com base nos princípios da universalidade do acesso, do respeito e da valorização da diversidade cultural, como forma de promoção da cidadania.
Localizada na Rua Conselheiro Franco (antiga Rua Direita), nº 66, a atual sede do MRA também passou, mais recentemente, por sérios problemas estruturais, que forçaram a Instituição a fechar as portas por mais de dois anos. Nesse período, a UEFS viabilizou a restauração não apenas do prédio, mas também do valioso acervo do Museu, que passou por um meticuloso processo de limpeza e conservação, realizado pelo Studio Argolo Antiguidades e Restaurações, sob o comando do restaurador José Dirson Argolo.
No dia 9 de maio de 2015, o Museu Regional de Arte foi finalmente reinaugurado, com o vernissage da exposição que reuniu as principais obras de seu acervo histórico. Desde então, o MRA permanece aberto à visitação pública de segunda a sexta-feira, em horário comercial.
*Com informações da UEFS.
AprendizadosHistóriaTransporte
Uma das locomotivas que operou em Feira de Santana

A história da estrada de ferro de Feira de Santana


Email
“A estrada de ferro de Feira de Santana a Cachoeira tinha de comprimento 48 quilômetros e de bitola 1,067 metro. O material rodante consistia de 56 unidades: seis locomotivas, três carros de primeira classe, quatro de segunda, um carro imperial, dois carros de bagagem e 40 para transporte de gado e da carga” – é assim que o historiador Rollie Poppino descreve a estrada de ferro de Feira de Santana, inaugurada em 1876 e extinta em 1964.
A estação ferroviária de Feira de Santana
Inicialmente, a estação ficava atrás da Igreja Matriz, onde hoje funciona o Feiraguay. Naquela época, a região era basicamente o limite da zona urbana de Feira. Ainda segundo Poppino, a estrada foi um sucesso imediato. No primeiro ano de operações a companhia que operava a linha, a londrina “The Brazilian Imperial Central Bahia Railway Company Limited”, transportou mais de 25 mil passageiros e quase 6 mil toneladas de carga, principalmente fumo e gêneros alimentícios para os mercados da capital e das cidades do Recôncavo.

Estação Ferroviária de Feira
Estação FeEstação Ferroviária de Feirarroviária de Feira (onde hoje é o Feiraguay). Conta-se que a foto foi tirada quando os feirenses aguardavam a visita do jurista Ruy Barbosa.
O tráfego de passageiros foi uma consequência da velocidade do transporte ferroviário. Por causa da estreita colaboração com os serviços marítimos da Baía de Todos os Santos, a viagem para Salvador durava menos de sete horas. Assim, tornou-se possível ir de Feira à capital pela manhã e voltar na manhã seguinte.
A estação ferroviária de Feira de Santana
A estação ferroviária “velha” de Feira de Santana ao lado, e ao fundo, da Igreja Matriz.
O trecho entre Cachoeira e Feira de Santana foi o primeiro aberto, no ano de 1876. Em 1942, com a remodelação geral das linhas da região, o trecho entre Conceição de Feira e Feira de Santana passou a ser um ramal, que foi extinto oficialmente em 1975, mas que não operava, pelo menos com passageiros, desde 1964.
Mapa das ferrovias na Bahia
Acima, o mapa das ferrovias em 1900 (em preto). Em vermelho, o que restou após 1940.

A ESTAÇÃO NOVA

Em 1958, a estação “velha” foi desativada e uma nova estação foi construída em ponto mais afastado, isolado na época. A estação ficava onde hoje é a Avenida João Durval Carneiro, ao lado da feirinha do bairro Estação Nova – que recebeu esse nome graças ao ponto da ferrovia em Feira de Santana.
A nova estação deveria servir de saída para a jamais construída extensão da linha para Alagoinhas. Depois de funcionar por poucos anos e ser desativada em 1964, inicialmente serviu de sede para o Funrural, depois foi abandonada e demolida.
A estação nova
A estação “nova”, já abandonada na década de 90.
Tudo indica que a área da estação foi vendida para pagar dívidas trabalhistas com os ferroviários. Após a demolição, foi construído um estabelecimento privado no local.
Há quem diga que a estação nova foi projetada por Oscar Niemeyer, mas não há elementos que possibilitem afirmar essa versão. A Fundação que mantém viva a memória do arquiteto que projetou Brasília, não registra qualquer trabalho de Niemeyer em Feira de Santana.
Estação nova
A frente da demolida estação “nova”. Há quem diga que foi projetada por Oscar Niemeyer.
Atualmente é muito difícil conhecer quem tenha passeado nas locomotivas feirenses, mas encontramos um relato bem espirituoso do jornalista, jurista e poeta Antonio do Lajedinho:
Estação nova
“Na minha infância, na década de 30, Feira de Santana tinha uma grande Estação Ferroviária que, por faltas de rodovias, (em 1930 só existia um carro em Feira) tornara-se o principal meio de transporte de passageiros, cargas e gado, e o
ponto chave do comércio. Situada no fundo da Igreja Matriz (hoje Catedral), quase no centro da Cidade, tinha seus movimentos acompanhados pela comunidade, a qual identificava, pelo apito da máquina, se era trem de passageiro ou carga. Duas ou três vezes por semana saía uma composição com passageiros para Cachoeira, como outras tantas vezes vinham de Cachoeira.
Durante o dia animais de carga e carroças levavam e traziam cargas, vaqueiros embarcavam e desembarcavam gado, enquanto aqueles que tinham o tempo livre, principalmente estudantes que faziam dali um ótimo local de lazer. Era como se fosse uma rodoviária atual, onde alem de passageiros, desembarcassem e embarcassem cargas e animais, sem outro local de escoamento. Nos dias de segunda-feira os trens chegavam carregados com gente, mercadorias, porcos, galinhas e toda produção de Tapera, Magalhães, São Gonçalo, Conceição da Feira, Cachoeira e São Felix. Era uma festa!
Eu, além de um assíduo freqüentador mirim, sempre levava no bolso um bodoque de caça, vez que os fundos da Estação eram um matagal onde as pombinhas costumavam relaxar a vigilância. Foi em uma dessas caçadas que testemunhei um triste acidente na ferrovia: era uma ensolarada tarde de verão e eu acompanhava as manobras que uma máquina fazia na substituição de vagões carregados, quando surgiu uma “calanga” verde, com um comprido e lindo rabo dourado. Ela tinha uma maneira elegante de andar, com um harmônico ondular do rabo. Alguns metros atrás , com a cabeça apoiada no trilho da estrada, um galante calango não perdia os movimentos daquele maravilhoso rabo dourado. Tão absorto estava que a roda da locomotiva surpreendeu-o decepando-lhe a cabeça. Pobre calango: por causa de um rabo bonito, perdeu a cabeça…”

Leia mais sobre as ferrovia feirense e outras ferrovias no site www.estacoesferroviarias.com.br.
A foto, de Antonio Magalhães, na capa deste artigo é de uma das locomotivas que operou em Feira de Santana.

História do transporte coletivo em Feira de Santana | Por José Ferreira Pinto

Em abril de 1968, foi inaugurada a primeira frota de Kombi, destinada ao serviço de transporte coletivo de Feira de Santana. A imagem reproduz trecho da Avenida Senhor dos Passos em 1968.
Em abril de 1968, foi inaugurada a primeira frota de Kombi, destinada ao serviço de transporte coletivo de Feira de Santana. A imagem reproduz trecho da Avenida Senhor dos Passos em 1968.
Feira de Santana, Praça do Comércio em 1932, atual Praça da Bandeira.
Feira de Santana, Praça do Comércio em 1932, atual Praça da Bandeira.
Em 1951 era Prefeito de Feira de Santana o Prof. Almáchio Alves Boaventura, em quem o povo havia depositado grandes esperanças na eleição do ano anterior. Nesta mesma época, quatro nordestinos vindos do Rio Grande do Norte, trazendo consigo três “marinetes”, aportaram em nosso município, no desejo de conseguirem permissão da prefeitura municipal, para colocarem as mesmas para prestarem o serviço de transporte coletivo na cidade.
Dirigiram-se à prefeitura e pediram uma audiência ao Prefeito. Após demorada conversa com o Prefeito Prof. Almáchio Alves Boaventura, o mesmo autorizou que eles realizassem suas intenções, contanto que prestassem um bom serviço à comunidade. Isto ocorreu no dia 21 de junho de 1951 e no dia seguinte, já trafegavam pelos bairros Sobradinho até a Pampalona, Ponto Central via Rua Quintino Bocaiúva (antiga Rua do Fogo), Brasília via Rua Senador Quintino, Rua Pedro Suzarte e Cristóvão Barreto (antigo Pilão). Passados alguns meses, os referidos senhores que se chamavam Otávio, Buriti, Manoel e Pedro voltaram ao Prefeito para comunicar-lhe a desistência, pois não conseguiam passageiros suficientes, para pelo menos cobrirem as despesas, e os prejuízos já eram grandes.
O prefeito Almáchio Alves Boaventura, após refletir com eles, propôs o seguinte: A prefeitura patrocinaria o combustível pelo prazo de um ano, enquanto eles conseguissem se manter nas linhas. Eles concordaram e assim foi feito.
Após dois anos prestando este serviço, os mesmos venderam as velhas “marinetes” ao casal Antoninho e Dona Zizi Mascarenhas sua esposa. Algum tempo depois, como este casal não tinham concessão da prefeitura e não recolhiam impostos regularmente, foram obrigados a vende-las, pois o prejuízo acumulado também já não viabilizava o negócio.
Assim, a cidade voltava a não possuir mais o serviço de transporte coletivo, e se percebia claramente a grande dificuldade que os estudantes, comerciários, donas de casa, operários e o povo em geral encontravam para locomover-se para os lares, escolas, comércio, etc.
Parte da Frota em frente à Igreja da Matriz.   Desta vez, em 1962, José Ferreira Pinto (Zé Pinto), que já sonhava colocar um serviço de transporte coletivo decente em Feira de Santana e percebendo aquele momento de grande carência, reuniu-se com seu irmão Júlio Ferreira Pinto, seu primo Romeu de Alcântara Pinto e o conselheiro da família, seu tio Petronillo Ferreira Pinto, mais conhecido como Sinhô Pinto para amadurecerem a idéia sobre a implantação deste serviço. Grandes foram as dificuldades, críticas destrutivas e falta de incentivo não faltavam, porém o amor à causa era muito maior.
Para tanto, foram ao então Prefeito Arnold Ferreira da Silva, com um ofício, no qual solicitavam a concessão para explorar o serviço de transporte coletivo em Feira de Santana através de veículos Kombi. O prefeito Arnold Silva os recebeu com muita gentileza em seu gabinete e como conhecia toda a família Pinto, bem como acreditou na importância do projeto, não hesitou em enviar à Câmara de Vereadores Projeto de Lei, a fim de que, após apreciada pelos Edis, ele pudesse dar seu parecer.
Dias depois, chegava à Câmara o referido projeto, o qual, recebeu de pronto parecer favorável da comissão, que teve como Relator o Vereador Hugo Navarro da Silva, sendo aprovado por unanimidade, tendo recebido elogios de todos os Vereadores presentes, por se tratar da primeira empresa do gênero no nordeste.
Desfile do Expresso Alvorada pelas ruas da cidade.   Sancionada a Lei pelo Prefeito Arnold Silva e publicada nos jornais, aí foi que, realmente os idealistas tiveram condições de iniciar a compra dos 13 (treze) primeiros veículos Kombi, na antiga concessionária Volkswagen denominada Feira Motor Ltda., de propriedade dos senhores Willie Azevedo, Raimundo Esquivel e Luiz Azevedo Filho, os quais confiados na palavra dos compradores financiaram metade do valor das mesmas. A empresa já estava registrada sob a denominação “Expresso Alvorada” e alguns meses depois foram adquiridos mais 15 (quinze) veículos Kombis de cinco portas, totalizando a frota em 28 (vinte e oito) veículos.
No dia 19 de outubro de 1962, às 10 horas, realizou-se a inauguração com Missa Solene na Catedral Matriz, celebrada pelo Primeiro Bispo de Feira de Santana, Dom Jackson Berenger Prado, Monsenhor Aderbal Saback de Miranda e Monsenhor Mario Bahiense Pessoa da Silva, Capelão do Asilo Nossa Senhora de Lourdes, todos de saudosa memória.
Após a Missa Solene, realizou-se a benção dos veículos, motoristas, cobradores e proprietários; todos fardados e com gravatas, tendo ao final da mesma, saído em passeata pelas ruas da cidade, aplaudidos pela comunidade e seguidos pelo carro da Rádio Sociedade de Feira de Santana, o qual, através de Amadeu Pitanga de Jesus ao volante e Francisco Almeida o popular Chico Caipira, locutor, anunciavam entusiasticamente aquela efeméride.
Nada havia sido feito antes que se comparasse ao que Feira de Santana assistia naquele momento, vindo de uma família da terra, humilde, e que concretizava naquele momento o sonho de contribuir efetivamente para o progesso de Feira de Santana.
A população participa da grande festa na Praça da Matriz.   Na Rua Desembargador Filinto Bastos (antiga Rua de Aurora), em frente à Praça 2 de Julho, estava a sede da Rádio Sociedade de Feira de Santana, onde seu Diretor Presidente Frei Hermenegildo de Castorano e o Diretor Comercial Prof. José Manuel de Araújo Freitas, convidaram todos os participantes a tomarem assento no auditório e José Araújo Freitas prestou linda homenagem falando em nome da rádio: “Feira ganha no dia de hoje, algo muito importante e só o amor destes feirenses da família Pinto, poderia nos oferecer tamanho presente”.
Em nome da empresa, o seu Diretor Presidente José Ferreira Pinto agradeceu as homenagens afirmando: “Estamos plantando uma grande semente, esperamos que as bênçãos de Deus multipliquem nossa ação e que os frutos que vierem sejam benéficos para o povo, o município de Feira de Santana e toda a Bahia”.
Após o desfile, a Volkswagen do Brasil ofereceu através da Feira Motor Ltda. Um coquetel às autoridades, imprensa falada e escrita, funcionários e tantos quantos se fizeram presentes.
Com o passar do tempo foram surgindo outras empresas, dentre elas o Expresso São Cristóvão também em veículos Kombi.
Os sócios Júlio Ferreira Pinto e José Ferreira Pinto e dois motoristas no dia-a-dia da empresa.   Posteriormente, José Ferreira Pinto e sócios, compraram no Rio de Janeiro 21 (vinte e um) micro-ônibus, as famosas “bicudinhas” e 01 (um) ônibus grande semi-novos, os quais estavam saindo de linha do Estado da Guanabara, pois o Governador Carlos Lacerda estava substituindo-os por uma frota zero quilômetro. E como se tratavam de veículos bons, compramos e trouxemos para Feira de Santana, para servirmos à população. Aí foi outra festa!
Após registrados, receberam o batismo com o nome de “TRANSLAR” Transportes para o Lar Ltda. E foram colocados nos roteiros mais necessitados. Isto aconteceu em 1965.
Posteriormente, outro irmão Joviniano Ferreira Pinto Neto, mais conhecido por “Venú Pinto” , entrou na sociedade e adquiriu 15 (quinze) ônibus, colocando-os nas linhas de Campo Limpo, Cidade Nova e Mangabeira.
Com este advento, outras pessoas passaram também a colocar Kombis, Ônibus e Marinetes, criando um clima de mal estar e uma competição desleal, visto que, para a época, a oferta estava bem maior que o número de usuários, inviabilizando pouco a pouco o negócio. Assim, os sócios resolveram vender todo o patrimônio da empresa. Sendo que, parte dela foi vendida para a Sra. Dona Ivone Falcão Vieira, a qual mudou o nome de Translar para Transul e os Senhores Nezinho Oliveira e Carlos Lacerda o segundo prefeito na época do município de São Gonçalo dos Campos, os quais denominaram sua empresa de Oliveira Lacerda, com sede no bairro do Tomba.
Visita à sede da Rádio Sociedade de Feira de Santana, quando da inauguração do serviço.   Com o passar do tempo, Zeca Marques criou a empresa Autounida. Oswaldo Santos de Jesus, o popular “Vavá de Manoel de Milha” criou a empresa Safira. Dona Valdelice adquiriu ônibus e abriu sua empresa no bairro da Queimadinha denominada Autocel. O Sr. Raimundo Souza Silva, ex-prefeito de Milagres, implantou também em Feira de Santana a empresa R. S. Silva. O Sr. José de Paula Maciel Filho e Sérgio Augusto de Almeida, ambos de Minas Gerais, adquiriram a empresa Transul e foram adquirindo as outras posteriormente, tendo vendido ao Srs. Gilson Almeida Rodrigues e Dílson Almeida Rodrigues.
Após 43 anos que fundamos o transporte coletivo em Feira de Santana, a cidade e toda a região cresce, demonstrando que a semente de amor e de um ideal plantados naquela época, cresceram e têm dado bons frutos.
Hoje, 19 de outubro de 2005, faltando apenas 8 dias para o Prefeito José Ronaldo de Carvalho inaugurar o novo Sistema Integrado de Transporte Coletivo de Feira de Santana, orgulhosos e felizes, sentimos que da mesma maneira que acreditamos naquela época em uma cidade mais humana e moderna, ele também sonha e acredita num futuro melhor. E para isto precisamos acreditar, ousar, passar pelos obstáculos para concretizarmos todos os sonhos que sirvam para construir um futuro melhor para todos.
Nós, só temos que agradecer a Deus e parabenizar nossa querida terra, na pessoa de todos aqueles que tiveram e têm uma visão de futuro, pensando sempre em proporcionar dias melhores para todos aqueles que aqui nasceram e os que, aqui chegando adotaram Feira de Santana, como sua terra natal.
*José Ferreira Pinto publicou, originalmente, o artigo em 18 de outubro de 2005. Ele é fundador da primeira empresa de transporte coletivo de Feira de Santana.

História do Transporte Coletivo em Feira de Santana

Em 1951 era Prefeito de Feira de Santana o Prof. Almáchio Alves Boaventura, em quem o povo havia depositado
Benção dos veículos pelo 1º Bispo de Feira de Santana.
grandes esperanças na eleição do ano anterior. Nesta mesma época, quatro nordestinos vindos do Rio Grande do Norte, trazendo consigo três "marinetes", aportaram em nosso município, no desejo de conseguirem permissão da prefeitura municipal, para colocarem as mesmas para prestarem o serviço de transporte coletivo na cidade.

Dirigiram-se à prefeitura e pediram uma audiência ao Prefeito. Após demorada conversa com o Prefeito Prof. Almáchio Alves Boaventura, o mesmo autorizou que eles realizassem suas intenções, contanto que prestassem um bom serviço à comunidade. Isto ocorreu no dia 21 de junho de 1951 e no dia seguinte, já trafegavam pelos bairros Sobradinho até a Pampalona, Ponto Central via Rua Quintino Bocaiúva (antiga Rua do Fogo), Brasília via Rua Senador Quintino, Rua Pedro Suzarte e Cristóvão Barreto (antigo Pilão). Passados alguns meses, os referidos senhores que se chamavam Otávio, Buriti, Manoel e Pedro voltaram ao Prefeito para comunicar-lhe a desistência, pois não conseguiam passageiros suficientes, para pelo menos cobrirem as despesas, e os prejuízos já eram grandes.
Coquetel no pátio da Feira Motor Ltda.
O prefeito Almáchio, após refletir com eles, propôs o seguinte: A prefeitura patrocinaria o combustível pelo prazo de um ano, enquanto eles conseguissem se manter nas linhas. Eles concordaram e assim foi feito.
Após dois anos prestando este serviço, os mesmos venderam as velhas "marinetes" ao casal Antoninho e Dona Zizi Mascarenhas sua esposa. Algum tempo depois, como este casal não tinham concessão da prefeitura e não recolhiam impostos regularmente, foram obrigados a vende-las, pois o prejuízo acumulado também já não viabilizava o negócio.

Assim, a cidade voltava a não possuir mais o serviço de transporte coletivo, e se percebia claramente a grande dificuldade que os estudantes, comerciários, donas de casa, operários e o povo em geral encontravam para locomover-se para os lares, escolas, comércio, etc.
Parte da Frota em frente à Igreja da Matriz.
Desta vez, em 1962, José Ferreira Pinto (Zé Pinto), que já sonhava colocar um serviço de transporte coletivo decente em Feira de Santana e percebendo aquele momento de grande carência, reuniu-se com seu irmão Júlio Ferreira Pinto, seu primo Romeu de Alcântara Pinto e o conselheiro da família, seu tio Petronillo Ferreira Pinto, mais conhecido como Sinhô Pinto para amadurecerem a idéia sobre a implantação deste serviço. Grandes foram as dificuldades, críticas destrutivas e falta de incentivo não faltavam, porém o amor à causa era muito maior.

Para tanto, foram ao então Prefeito Arnold Ferreira da Silva, com um ofício, no qual solicitavam a concessão para explorar o serviço de transporte coletivo em Feira de Santana através de veículos Kombi. O prefeito Arnold Silva os recebeu com muita gentileza em seu gabinete e como conhecia toda a família Pinto, bem como acreditou na importância do projeto, não hesitou em enviar à Câmara de Vereadores Projeto de Lei, a fim de que, após apreciada pelos Edis, ele pudesse dar seu parecer.
Dias depois, chegava à Câmara o referido projeto, o qual, recebeu de pronto parecer favorável da comissão, que teve como Relator o Vereador Hugo Navarro da Silva, sendo aprovado por unanimidade, tendo recebido elogios de todos os Vereadores presentes, por se tratar da primeira empresa do gênero no nordeste.
Desfile do Expresso Alvorada pelas ruas da cidade.
Sancionada a Lei pelo Prefeito Arnold Silva e publicada nos jornais, aí foi que, realmente os idealistas tiveram condições de iniciar a compra dos 13 (treze) primeiros veículos Kombi, na antiga concessionária Volkswagem denominada Feira Motor Ltda., de propriedade dos senhores Willie Azevedo, Raimundo Esquivel e Luiz Azevedo Filho, os quais confiados na palavra dos compradores financiaram metade do valor das mesmas. A empresa já estava registrada sob a denominação "Expresso Alvorada" e alguns meses depois foram adquiridos mais 15 (quinze) veículos Kombis de cinco portas, totalizando a frota em 28 (vinte e oito) veículos.

No dia 19 de outubro de 1962, às 10 horas, realizou-se a inauguração com Missa Solene na Catedral Matriz, celebrada pelo Primeiro Bispo de Feira de Santana, Dom Jackson Berenger Prado, Monsenhor Aderbal Saback de Miranda e Monsenhor Mario Bahiense Pessoa da Silva, Capelão do Asilo Nossa Senhora de Lourdes, todos de saudosa memória.
Após a Missa Solene, realizou-se a benção dos veículos, motoristas, cobradores e proprietários; todos fardados e com gravatas, tendo ao final da mesma, saído em passeata pelas ruas da cidade, aplaudidos pela comunidade e seguidos pelo carro da Rádio Sociedade de Feira de Santana, o qual, através de Amadeu Pitanga de Jesus ao volante e Francisco Almeida o popular Chico Caipira, locutor, anunciavam entusiasticamente aquela efeméride.
Nada havia sido feito antes que se comparasse ao que Feira de Santana assistia naquele momento, vindo de uma família da terra, humilde, e que concretizava naquele momento o sonho de contribuir efetivamente para o progesso de Feira de Santana.
A população participa da grande festa na Praça da Matriz.
Na Rua Desembargador Filinto Bastos (antiga Rua de Aurora), em frente à Praça 2 de Julho, estava a sede da Rádio Sociedade de Feira de Santana, onde seu Diretor Presidente Frei Hermenegildo de Castorano e o Diretor Comercial Prof. José Manuel de Araújo Freitas, convidaram todos os participantes a tomarem assento no auditório e José Araújo Freitas prestou linda homenagem falando em nome da rádio: "Feira ganha no dia de hoje, algo muito importante e só o amor destes feirenses da família Pinto, poderia nos oferecer tamanho presente".

Em nome da empresa, o seu Diretor Presidente José Ferreira Pinto agradeceu as homenagens afirmando: "Estamos plantando uma grande semente, esperamos que as bênçãos de Deus multipliquem nossa ação e que os frutos que vierem sejam benéficos para o povo, o município de Feira de Santana e toda a Bahia".
Após o desfile, a Volkswagem do Brasil ofereceu através da Feira Motor Ltda. Um coquetel às autoridades, imprensa falada e escrita, funcionários e tantos quantos se fizeram presentes.
Com o passar do tempo foram surgindo outras empresas, dentre elas o Expresso São Cristóvão também em veículos Kombi.
Os sócios Júlio Ferreira Pinto e José Ferreira Pinto e dois motoristas no dia-a-dia da empresa.
Posteriormente, José Ferreira Pinto e sócios, compraram no Rio de Janeiro 21 (vinte e um) micro-ônibus, as famosas "bicudinhas" e 01 (um) ônibus grande semi-novos, os quais estavam saindo de linha do Estado da Guanabara, pois o Governador Carlos Lacerda estava substituindo-os por uma frota zero quilômetro. E como se tratavam de veículos bons, compramos e trouxemos para Feira de Santana, para servirmos à população. Aí foi outra festa!

Após registrados, receberam o batismo com o nome de "TRANSLAR" Transportes para o Lar Ltda. E foram colocados nos roteiros mais necessitados. Isto aconteceu em 1965.
Posteriormente, outro irmão Joviniano Ferreira Pinto Neto, mais conhecido por "Venú Pinto" , entrou na sociedade e adquiriu 15 (quinze) ônibus, colocando-os nas linhas de Campo Limpo, Cidade Nova e Mangabeira.
Com este advento, outras pessoas passaram também a colocar Kombis, Ônibus e Marinetes, criando um clima de mal estar e uma competição desleal, visto que, para a época, a oferta estava bem maior que o número de usuários, inviabilizando pouco a pouco o negócio. Assim, os sócios resolveram vender todo o patrimônio da empresa. Sendo que, parte dela foi vendida para a Sra. Dona Ivone Falcão Vieira, a qual mudou o nome de Translar para Transul e os Senhores Nezinho Oliveira e Carlos Lacerda o segundo prefeito na época do município de São Gonçalo dos Campos, os quais denominaram sua empresa de Oliveira Lacerda, com sede no bairro do Tomba.
Visita à sede da Rádio Sociedade de Feira de Santana, quando da inauguração do serviço.
Com o passar do tempo, Zeca Marques criou a empresa Autounida. Oswaldo Santos de Jesus, o popular "Vavá de Manoel de Milha" criou a empresa Safira. Dona Valdelice adquiriu ônibus e abriu sua empresa no bairro da Queimadinha denominada Autocel. O Sr. Raimundo Souza Silva, ex-prefeito de Milagres, implantou também em Feira de Santana a empresa R. S. Silva. O Sr. José de Paula Maciel Filho e Sérgio Augusto de Almeida, ambos de Minas Gerais, adquiriram a empresa Transul e foram adquirindo as outras posteriormente, tendo vendido ao Srs. Gilson Almeida Rodrigues e Dílson Almeida Rodrigues.

Após 43 anos que fundamos o transporte coletivo em Feira de Santana, a cidade e toda a região cresce, demonstrando que a semente de amor e de um ideal plantados naquela época, cresceram e têm dado bons frutos.
Hoje, 19 de outubro de 2005, faltando apenas 8 dias para o Prefeito José Ronaldo de Carvalho inaugurar o novo Sistema Integrado de Transporte Coletivo de Feira de Santana, orgulhosos e felizes, sentimos que da mesma maneira que acreditamos naquela época em uma cidade mais humana e moderna, ele também sonha e acredita num futuro melhor. E para isto precisamos acreditar, ousar, passar pelos obstáculos para concretizarmos todos os sonhos que sirvam para construir um futuro melhor para todos.
Nós, só temos que agradecer a Deus e parabenizar nossa querida terra, na pessoa de todos aqueles que tiveram e têm uma visão de futuro, pensando sempre em proporcionar dias melhores para todos aqueles que aqui nasceram e os que, aqui chegando adotaram Feira de Santana, como sua terra natal.
Fonte: José Ferreira Pinto
Obs: Documento escrito por José Ferreira Pinto, em 18 de outubro de 2005. Fundador da Primeira Empresa de Transporte Coletivo de Feira de Santana.

Sistema Integrado de Transporte

O Sistema Integrado de Transportes tem como base a operação de terminais de integração, permitindo o transbordo de passageiros entre as diversas modalidades de linhas que compõem o sistema.
Mediante a implantação dos terminais de integração, objetiva-se:
  • Melhorar o fluxo e a operação dos ônibus na área central, facilitando o embarque e desembarque dos passageiros;
  • Racionalizar todo o sistema com a adequação da oferta à demanda, em função do dimensionamento ajustado ao comportamento da demanda;
  • Concentração de passageiros com maior oferta de transporte e trechos de alimentação com oferta ajustada à demanda existente.

CARACTERÍSTICAS ENCONTRADAS

  • Sistema com baixa produtividade e, baixo aproveitamento da frota de ônibus;
  • Elevado número de linhas e excessiva capilaridade do sistema;
  • Linhas com elevados intervalos e pouca frota gerando perda de atratividade e demanda de passageiros (85,5% das linhas com frota até 03 veículos);
  • Excesso de linhas radiais ao centro da cidade (84 linhas), gerando quantidade representativa de passageiros com pagamento de duas tarifas;
  • Concentração de linhas de Transporte Coletivo (80) e apenas 10 distritais;
  • Maior participação de oferta nas linhas distritais (105 veículos), contra as linhas urbanas (55 veículos) do Sistema de Transporte Alternativo;
  • Os Corredores Norte apresentam baixo índice de rotatividade;
  • No Anel Central as linhas apresentaram velocidades baixas (em torno de 10 a 13km/h), principalmente nos horários de pico de tráfego (almoço e tarde);
  • Permissão de estacionamento de veículos, nos dois lados da via, prejudicando a operação de embarque e desembarque de passageiros e à velocidade operacional do sistema.

PLANEJAMENTO DO SISTEMA INTEGRADO

  • O sistema adequado de transporte consiste no equilíbrio dos seguintes elementos básicos: o veículo, o itinerário e os terminais, além dos fatores complementares como conforto, velocidade, comunicação, regularidade, confiabilidade e acessibilidade;
  • Os itinerários previstos para o Sistema Troncal, de grande capacidade, visam atingir os principais pontos geradores de viagens em ônibus que abrangem a área central e os corredores por menores custos e nas linhas convencionais e alimentadoras, com aproveitamento de parte da frota existente;
  • Conforto: Melhorar a oferta em termos de viagens, que beneficiará o usuário na medida em que reduzirá o tempo de espera;
  • Velocidade: Priorizar o transporte coletivo, incrementando em função da racionalização de linhas propostas nos trechos periféricos e no trecho central;
  • Confiabilidade: Rapidez e eficiência, com boa frequência de viagens;
  • Acessibilidade: Deslocamentos realizados com o pagamento de apenas uma tarifa, abrangendo praticamente todos os setores de importância em demanda de passageiros, agregados através das linhas integradas e alimentadoras e linhas radiais;
  • Comunicação: Divulgação dos horários das linhas, através dos terminais de integração e de ações junto às comunidades;
  • Regularidade: Execução do programação em razão dos tempos de viagem, circulação prioritária do transporte coletivo.

PROPOSTAS DO SISTEMA INTEGRADO

  • Normalizar e regularizar o sistema de transportes de Feira de Santana;
  • Fiscalizar efetivamente todos os sistemas de transportes regulares, fazendo cumprir os regulamentos;
  • Combater sistematicamente serviços irregulares e não autorizados, tais como vans, ônibus, microônibus, motocicletas que vem operar e prejudicar o sistema regular de transporte de Feira de Santana;
  • Normatizar o sistema convencional de ônibus ou o sistema alternativo complementar, e todos teriam que cumprir horários, normas e serem fiscalizados pela prefeitura e usuários;
  • Reformular e rediscutir todo o sistema de gratuidade do município, criando uma única lei com regras claras e objetivas de gratuidade e descontos;
  • Cadastrar todos os usuários beneficiados com passe livre, de modo a coibir as fraudes e irregularidades;
  • Operacionar e atender com qualidade e segurança aos deslocamentos de seus usuários;
  • Integrar as linhas de bairro utilizando veículos menores, onde os passageiros são integrados em terminais apropriados, deixando para os corredores a operação com transporte de maior capacidade e mais rápido;
  • A ocasião propícia e adequada para a implantação do Sistema Integrado de Transportes;
  • Reorganização pode ser traduzido em aumento de conforto nas linhas tronco, aumento da velocidade operacional nos corredores, redução do tempo de viagem e/ou custo do transporte;
  • Implantar um sistema de informações aos usuários para que possam programar suas viagens, facilitado pela concentração de linhas nos terminais;
  • Melhorar a freqüência e a regularidade nos corredores onde se concentra o maior número de usuários;
  • Racionalizar o custo de transporte, mediante o melhor aproveitamento dos veículos e, conseqüentemente, a redução da frota e quilometragem;
  • Induzir a formação de sub-centros em volta dos terminais para diminuir a polarização de todas as atividades no centro tradicional, inibindo a verticalização indesejável da cidade.

FATORES COMPLEMENTARES

· O conforto consiste na melhoria da oferta em termos de viagens, que beneficiará o usuário na medida em que reduzirá de maneira significativa o tempo de espera;
  • A velocidade do sistema será incrementada em função da racionalização de linhas propostas, nos trechos periféricos e no trecho central, eliminando-se a utilização indiscriminada de vias e falta de prioridade ao transporte coletivo;
  • A confiabilidade consiste na certeza do transporte mais rápido e eficiente, com boa freqüência, proposto para os corredores, o que inevitavelmente canalizará para o sistema de transporte, usuários de outras modalidades;
  • A acessibilidade constitui o fator mais importante da proposta, visto que a mesma proporcionará um rol de deslocamentos significativos, abrangendo praticamente todos os setores de importância em demanda de passageiros, agregados através das linhas integradas e alimentadoras e linhas radiais à rede básica de transporte, sendo estes deslocamentos realizados com o pagamento de apenas uma tarifa;
  • A comunicação significa a possibilidade de programação e divulgação dos horários das linhas, através dos terminais de integração;
  • A regularidade é representada pela melhor condição de execução da programação em razão do tempo de viagem mais curto e circulação prioritária do transporte coletivo.

TRANSPORTE

  • Possibilidade de utilização racional da frota de ônibus, através da locação de veículos de capacidade adequada à demanda de cada linha, utilizando adequadamente desde ônibus de maior capacidade, até micro-ônibus;
  • Linhas Alimentadoras: com itinerários curtos e menores tempo de viagem, o que permite melhor cumprimento da programação de horários e maior confiabilidade;
  • Linhas Tronco: itinerários com prioridade de circulação e grau adequado de segregação, o que permite o cumprimento da programação e a regularidade dos intervalos.

PROCESSO DE LICITAÇÃO PARA TRANSPORTE COLETIVO 2005

  • Lei Municipal de nº 2.397 de Janeiro de 2003: Princípios básicos de regularidade e continuidade, segurança e conforto, modernidade e eficiência, generalidade, modicidade tarifária, cortesia e respeito aos direitos dos usuários;
  • A Licitação foi dividida em: 03 lotes, 70 linhas, 224 veículos;
  • Lote A - Empresa Praça 12: 17 linhas, 63 veículos;
  • Lote B - Empresa Santíssimo Rio: 27 linhas, 98 veículos;
  • Lote C - Empresa Praça 12: 26 linhas, 63 veículos

DEVERES E OBRIGAÇÕES CONFORME O EDITAL DE LICITAÇÃO DE TRANSPORTE COLETIVO 2005

  • Concessão de 10 anos;
  • Idade média dos ônibus de 48 meses;
  • Apresentar plano de renovação de frota;
  • Depreciação conforme planilha de custo;
  • CVC - Certificado de Veiculação ao Serviço;
  • Cadastro de veículos com comprovantes e documentos;
  • Executar Ordem de Serviços;
  • Dispor de garagem e infra-estrutura;
  • 120 dias para adequação frota e padronização;
  • Apresentar diariamente relatórios operacionais;
  • Obedecer a Legislação e os Regulamentos de Transportes Públicos;
  • Fixação de valores tarifários;
  • Cassação por incapacidade financeira, operacional ou administrativa;
  • Cassação por inobservância do contrato de concessão;
  • Intervenção para sanar deficiência na prestação do serviço.


SIT GRÁFICOS













Feira de Santana - SIT



Feira de Santana é a maior cidade do interior da Bahia, com população média de 585 mil habitantes. Na cidade, duas empresas de ônibus operam o Sistema Integrado de Transporte – o SIT Feira: Viação 18 de Setembro e Viação Princesinha do Sertão. No SIT Feira, a integração é feita por meio de três terminais fechados, e os ônibus são identificados por três padrões de cor: vermelho, azul e verde. A pintura vermelha identifica os ônibus que fazem as linhas Bairro X Terminal; a cor verde é usada nos ônibus que fazem a ligação Terminal X Terminal; e os ônibus azuis são os que fazem linhas Bairro X Bairro, e não entram em terminal.

Estações de Transbordo vão contar com central de monitoramento




Com o objetivo de proporcionar uma maior segurança aos passageiros e também aos ônibus do transporte coletivo urbano, que têm sido alvos de assaltos constantes, as empresas Princesinha e 18 de Setembro, que operam o Sistema Integrado de Transporte (SIT), estão construindo uma central de monitoramento no Terminal Central, de onde vai acompanhar a movimentação diuturnamente dos três transbordos (o próprio Central, Tomba e Cidade Nova), além da frota de veículos, através de câmeras e GPS (Global Positioning System).

De acordo com o gerente-geral da empresa Princesinha, Aluízio Abadde, estão sendo instaladas 18 câmeras de segurança nos terminais, sendo 12 no Central e seis na Cidade Nova e Tomba, cada. A movimentação nos transbordos será acompanhada através de um monitor de 50 polegadas. Em caso de algo suspeito, a Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, será imediatamente comunicada sobre o ocorrido.

Aluízio Abadde informa também que toda a frota de ônibus coletivo urbano de Feira de Santana - um total de 200 carros - será monitorada por meio de câmeras de segurança e GPS. Cada veículo terá três câmeras, instaladas em locais estratégicos no interior do carro. A metade da frota já dispõe do sistema de segurança.

Já o GPS, sistema de posicionamento global, na tradução do inglês, foi implantado até agora em 50 ônibus. “Estamos aguardando o sinal de satélite para começar a operar o sistema”, observou o gerente da Princesinha, ressaltando a importância do novo serviço, visando garantir maior segurança ao transporte coletivo urbano de Feira de Santana.

Segundo Aluízio Abadde, o monitoramento inicial feito através de câmeras de segurança já proporcionou à Polícia desarticular quatro quadrilhas especializadas em assaltos a ônibus que atuavam na cidade, causando sérios prejuízos às empresas, além de expor ao perigo os funcionários e passageiros. “Os integrantes das gangues foram identificados através das imagens das câmeras, facilitando o trabalho policial, visando tirá-los de circulação”, disse Abadde ao considerar “bastante positivo” o serviço de monitoramento.

“Como permissionárias, as empresas têm o direito de melhorar o transporte público, garantindo inclusive instrumentos de segurança para o próprio sistema”, declarou o prefeito Tarcízio Pimenta ao comentar sobre a importância do investimento no setor.


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