sexta-feira, 9 de março de 2018

Flu de Feira e sua História no Futebol da Bahia 1963 /1969 / Colo Colo 2006

Fluminense de Feira Futebol Clube - Feira de Santana - BA




Campeão baiano duas vezes (1963 e 1969), representou a Bahia na Taça Brasil de 1964, o Nordeste no Torneio da Integração em 1971 e marcou presença no Campeonato Nacional ao lado dos grandes clubes brasileiros (1976, 1977 e 1979).

1963 - campeão
Bela imagem 1966
1969 - campeão
1960
1962
Fluminense de Feira de Santana. Haroldo é o segundo agachado.  A partir de 1967, outros clubes do interior, como o seu vizinho Bahia de Feira, juntaram-se ao Fluminense de Feira de Santana e aos grandes da capital para disputar a primeira divisão do Campeonato Bahiano. Depois da regionalização do campeonato, o FLuminense, Touro do Sertão, faturou a taça em 1969 com uma rodada de antecipação, batendo o Vitória por 1 a 0. Haroldo atuou neste time no período.
 Campeão 1963
Touro do Sertão

40 Anos

Fluminense de Feira, o grande campeão de 1969


Na página 6 do dia 3 de novembro de 1969, a Tribuna da Bahia exibia a foto do time que conquistou o Campeonato Baiano daquele ano: o Fluminense de Feira. No dia 2 de novembro, em Feira de Santana, o clube fez uma grande festa para entregar a faixa de campeão aos jogadores que garantiram o troféu, de forma antecipada, no dia 5 de outubro de 1969. Fundado em 1941, o “Touro do Sertão”, como ainda é conhecido, conquistou naquele ano seu segundo título baiano, o outro foi em 1963, e praticamente encerrou o domínio dos times do interior nas conquistas do campeonato estadual. 
A partir de 1970, Bahia e Vitória mantiveram o domínio da competição. Depois da década de 70, apenas o Colo-Colo, em 2006, conseguiu desbancar os times da capital. 
Depois de campanhas regulares nos anos de 1964 a 1967, o Fluminense voltou a mostrar um bom futebol na temporada de 1968. Naquele ano, o clube trouxe do Flamengo alguns jogadores como Sapatão, Merrinho e Mario Braga, e a equipe chegou a disputar a final com o Galícia. Após um empate em 0 a 0, o time feirense ficou com o vice-campeonato. 
No ano seguinte, com mais alguns reforços também vindos do Flamengo e com Freitas no comando do ataque, a equipe encantou os baianos por onde se apresentava. O Estádio Jóia da Princesa, casa do Flu, vivia cheio de torcedores fanáticos. Nas partidas, a média de público era de nove mil pessoas por jogo, sendo que a capacidade do local naquela época era de dez mil. A equipe formada por Ubirajara; Ubaldo, Sapatão, Mario Braga e Nico; Merrinho, Delorme e Robertinho; João Daniel, Freitas e Marco Chinês fez bonito em campo, no fim da década de 60. Só o ataque marcou 61 gols. Foram 20 vitórias em 32 jogos e apenas três derrotas, e o título veio de forma antecipada com uma vitória sobre o Vitória por 1 a 0, com gol de Freitas aos 27 minutos do segundo tempo.

1º título profissional de Sapatão

Élcio Nogueira da Silva, mais conhecido como Sapatão, e que também passou a ser ídolo da torcida do Bahia em meados dos anos 70, começou a brilhar nos gramados baianos quando foi transferido do Flamengo para o Fluminense de Feira, em maio de 1968. Natural de Campos, no Rio de Janeiro, o ex-zagueiro iniciou a carreira nas Divisões de Base do clube carioca, mas só veio conquistar seu primeiro título como jogador profissional quando atuou no Fluminense, aos 21 anos de idade.
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Sapatão ressaltou a importância do título conquistado no Touro do Sertão: “Para mim, foi muito importante conquistar esse título. Não só para mim, mas também para Fluminense, que disputou o campeonato com outra mentalidade, trazendo jogadores de fora”, disse Sapatão que, após encerrar a carreira de jogador, aos 33 anos, se tornou treinador de futebol. Atualmente, ele mora em Salvador, mas treina a seleção de Cachoeira. 
O ex-zagueiro também comentou a hegemonia da dupla Ba-Vi no Baiano, desde a década de 70. Para ele, falta investimento. “Os times do interior não estão se renovando. Acredito que faltam investimentos para que se possa fazer um time mais competitivo. Falta também uma boa administração e o apoio do poder público. Além disso, as Divisões de Base não são mais respeitadas”, enfatizou Sapatão, que hoje está com 52 anos. 
Depois de 1969 o Flumi-nense de Feira chegou às finais do Baiano. Nos anos de 1990 e 1991, a equipe terminou em segundo lugar, perdendo respectivamente para o Vitória e para o Bahia nas decisões. Atualmente, o clube disputa a 1ª Divisão do Campeonato Baiano. Este ano, chegou a disputar a Série D do Brasileiro, mas foi eliminado pelo Tupi de Minas Gerais.

Depois de 1969, Bahia e Vitória dominam a cena

O domínio de Bahia e Vitória no Campeonato Baiano já dura quase 40 anos. A partir dos anos 70, as duas equipes ganharam quase todos os títulos. O único ano que a dupla Ba-Vi foi desbancada e viu um time do interior voltar a ser campeão foi em 2006. O Colo-Colo de Ilhéus fez uma boa campanha e levantou a taça no Barradão.
O clube com mais títulos no Campeonato Estadual é o Bahia, com 43 títulos, tendo sido tetracampeão por duas vezes (de 1947 a 1950 e de 1981 a 1984), além de pentacampeão (de 1958 a 1962) e heptacampeão (1973 a 1979). Mas, apesar de liderar o número de títulos, o Bahia está desde 2001 sem título.
Atrás do Bahia está o Vitória, com 25 títulos, atual tricampeão baiano (2007 a 2009). Além disso, o time conseguiu mais um tri (1995 a 1997) e um tetracampeonato (2002 a 2005).

Colo-Colo levou 48 anos para conseguir título

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Fundado em 3 de abril de 1948, o Colo-Colo demorou 48 anos para conseguir o seu primeiro título no Campeonato Baiano. Antes disso, em 1999, a equipe de Ilhéus conquistou o campeonato da Segunda Divisão. Presidente do clube desde daquela conquista, José Maria Almeida de Santana ressalta, em entrevista à Tribuna da Bahia, que uma série de fatores favoreceu a conquista de 2006. 
O primeiro teria sido a situação de Bahia e Vitória. Os dois grandes times da capital estavam disputando a Série C do Campeonato Brasileiro. “Com os times naquela situação, a nossa folha de pagamentos não era muito diferente e a gente pôde investir em jogadores.”

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